Carta de Natal
Dizem que ele era um
menino rei e que seu pai era um Deus. Sua mãe, uma simples
Maria que foi escolhida pelo o próprio Deus para gerar o Seu filho. Como
explicar
isso para a vizinhança e para o pacato José!? Um menino semideus, que cresceu e
começou com ideias “que fizeram chorar Maria”. Pobre Maria. Pobre José. À
medida
que o menino crescia, em mais confusão se metia, jurando curar doenças,
expulsar
demônios e, ainda, atacava o topo da pirâmide social que achatava o povo da
base.
Pobre menino! você poderia ser um carpinteiro como o seu pai ou um erudito e
quem
sabe um sacerdote ou, se casar com Madalena e ter muitos filhos e ensinar o
oficio
do seu pai José, mas você era teimoso. Morreu José, chorou Maria. Tudo que você
queria era a transformação da sociedade pela via do amor e a equidade e tudo
que
encontrou, foi cruz ao lado de dois ladrões. Até Barrabás, o revolucionário,
conseguiu
escapar. Pobre Jesus. Pobre Maria. O tempo passou e o seu rebanho se espalhou,
colocaram palavras em sua boca que você nunca falou e criaram rituais que você
nunca
instituiu e suas palavras já não conhecemos mais. Pobre Jesus, o semideus
Comentários
Postar um comentário